domingo, 3 de novembro de 2013

Tchau, príncipe.



Eu tinha um alguém no Rio de Janeiro, nos conhecemos na minha cidade e nos falamos por 5 minutos em uma festa e eu sai correndo pra cantar músicas bregas com minhas amigas, mas ele levou meu telefone e me ligou meses depois.

Só nos encontramos mais duas vezes depois desses 5 minutos, ele veio me ver em um fim de semana e eu passei uma semana inteira por lá, e foi maravilhoso, ele era um grande cara pra mim.
Mas por uma série de fatores e pelo caminhar da vida ele encontrou alguém de verdade, uma mulher que pode segurar a mão dele de dia e dividir a cama com ele a noite. Eu a mais de 3 mil km não posso, infelizmente.

Mas quero chegar mesmo no fato de que mesmo sem ter tido uma convivência mais próxima e real, mesmo sem ter nem um cheiro pra me lembrar dele eu sinto que foi arrancado um pedaço meu. Entenda, que eu desejo mesmo toda sorte do mundo pra eles, como eu disse ele é um grande cara. Só que de repente sentei na minha cama, olhei pro espelho em frente e senti toda a solidão do mundo.

É importante dizer que tenho amigos, mas eles possuem suas vidas e seus problemas, eu não tenho quem segure minha mão de dia e divida a cama comigo a noite.

Minha terapeuta acredita que super valorizo relacionamentos, o que é verdade, mas fazia muito tempo que eu não sentia uma solidão tão devastadora e no meio desse desespero, no meio de tantas lágrimas resolvi que vou passar por isso de uma forma diferente, vou aceitar essa solidão.

Nos próximos dois meses pretendo não chorar mais por conta dessa condição, vou abraçar os dias de solidão e procurar ocupá-los com pensamentos que não remetam aos meus relacionamentos frustrados. Vou procurar ter dias amenos, sem paixão, sem intensidades. 

É engraçado que a maior parte da minha vida estive sozinha, filha única e sem muitos amigos pra brincar, depois uma mulher com relacionamentos inconstantes e com prazo de validade de no máximo 9 meses (essa história por sinal durou menos isso, mesmo ele prometendo que ia me mostrar que ultrapassava esse prazo). Bom, o que vou fazer agora é procurar aprender a viver comigo de uma vez por todas.

Eu vou ficar bem...

Um comentário:

Unknown disse...

Eu também quero aprender a viver comigo de uma vez por todas. Mas tá tudo tão bagunçado aqui que nem sei por onde começar. Quando acho que as coisas estão se ajeitando... mas peraí, estão sim. Está tudo se ajeitando (a seu tempo), eu é que tenho essa mania de complicar tudo. Tenho me sentido muito sozinha desde que ele "sumiu", mas sempre fui "a garota solitária" desde que me lembro. Então acho que vou ficar bem.